No enigmático e surpreendente jogo político, qualquer movimentação tem uma ou várias razões. Numa ciência cada vez mais afastada do “achismo”, mas alicerçada em números que por diversas vezes fogem à lógica, a política requer que enxerguemos os cenários além do óbvio.
Dito isto, a julgar pelos últimos episódios, questiona-se: Tandick Resende (União Brasil), é a síntese do desequilíbrio parlamentar, do despreparo ou preparo excêntrico para ocupar aquele espaço, do destempero emocional, ou detentor num futuro próximo, de pretensões políticas mais audaciosas? O que tem por trás de seu discurso? Estaria ele usando uma máscara?
É sabido que o vereador falastrão, manifestou interesse em presidir a Mesa Diretora na atual legislatura, mas graças a uma providencial articulação entre o PP e seu próprio partido, precisou contentar-se em ser o 1º secretário. Não se sabe se esse movimento, mexeu em alguma ferida mal cicatrizada do nobre edil.
O que não é novidade para ninguém, é que Tandick têm protagonizado o enredo político ilheense, ainda que em sua grande maioria, sendo o centro de situações no mínimo desconfortáveis. A situação só não é pior, por conta do espírito apaziguador e republicano do atual presidente da casa, César Porto
Elencando o pacote de mancadas desde o seu primeiro mandato, o referido vereador, já se envolveu e continua se envolvendo em situações que vão desde suposta vítima de agressão, passando por uma também suposta ameaça de morte e mais recente, um possível episódio de assedio moral contra uma ex assessora além de um ataque à vida pessoal a um de seus pares. Curioso ou não, os “bafafás” são sempre com seus colegas vereadores.
Assumidamente de direita, ao invés de ser propositivo, Resende tem utilizado o plenário da Câmara Municipal, para ofender não somente vereadores, mas toda e qualquer pessoa que demonstre uma inclinação para os partidos de esquerda, sobretudo quem é militante/defensor do Partido dos Trabalhadores (PT).
Tudo bem que este blogueiro, não tem interesse em saber se o vereador Aldemir tem preferência pelas cervejas Devassa ou Original, como bem dito pelo próprio em sessões passadas, mas ser testemunha de chiliques de Tandick, é no mínimo… [bom, prefiro me ater].
A presença expressiva da sociedade durante as discussões legislativas, ainda é bem distante do desejado, talvez por isso, o edil não receba a devida repreensão popular.
A bem da verdade, é que T. R. aproveita seu lugar de fala, para esboçar exaustivamente um “juridiquês” descabido, a fim de tentar demonstrar superioridade em relação aos seus colegas de câmara e faz dali, um palco de teatro para após interpretações vexatórias, os profissionais de imprensa presentes, propaguem suas atuações.
No jogo político, sempre existiu uma máxima de que “quanto mais se bate, mais cresce”, no entanto com Resende, o efeito é contrário. Não seria essa a intensão dele, certo?
Uma opinião: para que se tenha um ambiente pacífico e harmônico, a Comissão de Ètica e Decoro Parlamentar, precisa agir com celeridade para tentar conter as “lambanças” do doutor.
O movimento é curioso, mas não se pode desprezar o que efetivamente estar por trás disso tudo.
Tal qual foi na filosofia grega, percebo indícios de um Sofismo demasiadamente patente e temeroso.
Resumindo a ópera: na dúvida, duvide sempre.
Por Jeremias Santos